quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Varal do ofício.

No varal, pendurados, há rabiscos feitos sem a pretensão de afagar o observador, apenas a ingênua liberdade de exercer o que tenho vontade. ''Melhor se tiver repercussão, mas na realidade o que importa é obedecer ao impulso. O chamado. Na vocação não está incluído o sucesso. Vocação é a felicidade de exercer o ofício da paixão.'' (Lygia Fagundes Telles).

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

''O bom design une estética, ergonomia, conforto, custo e originalidade. Um toque cultural é também essencial. E boas pitadas de ousadia são sempre bem-vindas.''
Sergio Rodrigues, arquiteto e designer.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

''Agente ambiental trabalhando. Não buzine!''

Desenhos e frases pintados em carroças/carrinhos saltam aos olhos e provocam o comodismo da nossa sociedade que caminha como se os catadores de recicláveis fossem invisíveis. Esse projeto, ''São Paulo 100 carroças'', do grafiteiro Mundano, foi criado para atrair a atenção da população aos catadores, que na sua visão são agentes ambientais: '' as frases são para impactar os motoristas paulistanos que enxergam os carroceiros como um mendigo que atrapalha o trânsito, com o bjetivo de alertar que esse humilde trabalhador que tem como seu ganha pão reciclar o lixo que nós produzimos, tem trabalho honesto e braçal e ainda contruibiu para o meio ambiente reciclando as embalagens de produtos que ele mesmo não consome. Pense duas vezes antes de buzinar e xingar esses trabalhadores!'' Depois de 3 anos de trabalho, concluiu em setembro o alvo das 100 carroças coloridas. De acordo com o grafiteiro ''uma das frases preferidas dos carroceiros é ''se político fosse reciclável, eu estaria rico.''

Veja as fotos dos trabalhos no flickr do Mundano:
http://www.flickr.com/photos/artetude/
http://www.flickr.com/photos/artetude/sets/72157600532498856/

Reportagem do Estadão:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101018/not_imp626091,0.php

sábado, 30 de outubro de 2010

Parabéns, Designers de Interiores!

Hoje, 30 de outubro, comemora-se o dia do Designer de Interiores. Homenageio esse profissional que com sensibilidade, observação, criatividade e senso estético proporciona conforto, funcionalidade e identidade aos espaços residenciais e comerciais, respeitando sempre a individualidade do cliente. Parabéns a vocês que tornam qualquer ambiente único e especial!!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

''Faça você mesmo'' de Fábio Galeazzo!

O Designer de Interiores Fábio Galeazzo ensina a restaurar uma cadeira antiga e a criar uma estante com caixotes de feira. Recentemente lançou o livro ''Pequenas Mudanças, Grandes Transformações'', Editora Alaúde (http://www.editoraalaude.com.br/). O livro possui sugestões de fácil execução e baixo custo. Veja a seguir as duas técnicas ensinadas por ele.




CADEIRA



Material:



  • Cadeira (a escolhida por Fábio é de madeira e com assento estofado)


  • Lixa nº 80


  • Tinta spray


  • Espuma de densidade 28 com altura de 5cm


  • Chapa de compnesado


  • Tecido


  • Grampeador de tapeceiro


  • Cola de contato


Como fazer:



1. Lixe toda a cadeira e, em seguida, pinte-a com spray da cor que quiser. No exemplo a cor usada foi a vermelha;



2. Corte a chapa de compensado do tamanho que se encaixe no assento da cadeira. Sobre ela, aplique cola de contato para fixar a espuma, previamente cortada do tamanho da superfície;


3. Depois disso, envolva o assento com o tecido escolhido para revestir e prenda-o no fundo do assento com um grampeador de tapeceiro. Uma nova cadeira está pronta.





ESTANTE


Material:



  • Quatro caixotes de madeira


  • Lixa nº 80


  • Tinta látex acrílica


Como fazer:


1. Lixe a madeira e depois passe uma demão de tinta, na cor que escolher;


2. Empilhe as caixas e monte uma estante e, se quiser, pode fixá-las na parede comparafusos, como prateleiras.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Doar-se.

Com disposição, doação de material e muito trabalho voluntário, uma turma de designers conseguiu transformar o dia-a-dia das crianças do CEVAC de Bauru (Centro de valorização da criança). A dedicação, solidariedade e compaixão devolveram a esperança à comunidade! Restituiram a expectativa de que os fatos podem ser alterados, que o comodismo e a conformidade nem sempre prevalecerão. E, em troca, o fruto do projeto foi gratidão e esse reconhecimento estampado em cada rosto não tem preço! No fim há um pouco de nós em cada detalhe e um pouco de cada criança em nós.
A creche foi um projeto de conclusão de curso, executado pela minha turma de Designer de Interiores do Senac Bauru, formada em 2007, modificamos 3 ambientes: berçário, sala de estimulação e banheiro. Veja antes e depois do berçário e sala de estimulação e apenas o depois do banheiro. Clique na imagem para ampliar.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Identidade

O lar é a continuidade de quem habita, extensão do homem, portanto, a casa é a exibição dos comportamentos dos moradores, revelados no modo como utilizam os cômodos ou ambientes integrados. Neles há a exposição da personalidade, idéias e verdades do indivíduo que refletem no preenchimento do local com memórias afetivas, como fotos, decorações, quadros e mobiliários herdados e, assim, cria-se a identidade no morar. O designer tem a complexa tarefa de resgatar ou manter a identificação, não projetar apenas um ambiente funcional e esteticamente agradável, mas proporcionar ao cliente a autenticidade, a sensação de que é sua casa e não um showroom de uma loja. O morar deve ser mais real, palpável. A decoração afetiva, a reutilização de materiais e o reaproveitamento dos recursos são caminhos para atingir a subjetividade do morador.
O meu exemplo de mobiliário afetivo são duas poltronas, um banco e uma mesa lateral que foram dos meu avós, ganharam como presente de casamento, o conjunto representa a união deles. Posteriormente doaram para minha mãe e hoje estão comigo. Como são em madeira e ficam na sala de estar, surgiu a necessidade de conforto, para isso solicitei a confecção de almofadas no formato do espaldar e assento. Dessa forma, além da lembrança afetiva, observa-se uma decoração ecologicamente correta, pois através da reutilização e adaptação, não consumi madeira e outros recursos escassos. Abaixo fotos sem e com as almofadas.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ócio criativo...

Horas vagas, ausência de capital, inquietação e ânsia em modificar o que incomoda. A impossibilidade de aquisição de novo mobiliário provocou a transformação do antigo. Origem extinta, fez-se novo. E agora, personalizado, me seguirá, único, como se desde o início assim fosse.




sábado, 7 de agosto de 2010

INCLUSÃO E DESIGN

GERALDO LIMA, estilista da grife masculina Urânio, pensou na roupa não apenas como um objeto a ser visualizado, foi além, pensou em um objeto a ser sentido. Ao idealizar o tema de sua nova coleção outono-inverno 2003, definiu que seriam os sentidos sensoriais, como era uma questão abrangente, afunilou as pesquisas e concentrou-se na visão. Posteriormente, passou a falar sobre a falta dela: cegueira. A partir da escolha do tema fez inúmeros estudos onde o foco era a relação entre o deficiente visual e a roupa que veste. Dessa forma, surgiu a coleção ''Olhar, Olhares'', com a implantação de etiquetas em braille, pois a maior dificuldade está na identificação da cor, portanto, possibilita a independência e decisão de escolha do deficiente visual. O tato norteou as futuras coleções desse designer da moda, não só pelas etiquetas, mas também pelas estampas texturizadas, com relevos em borracha, silicone e veludo, que permitem ao cliente ''sentir'' o que escolhe. Esse projeto além de visar o deficiente, foca a reeducação da sociedade, que precisa atentar para a inclusão social dos deficientes.

Assistam a entrevista com o estilista: http://www.youtube.com/watch?v=D6IUExgDvI4.

terça-feira, 27 de julho de 2010

ARTE COMESTÍVEL!

Cozinhar é uma arte, alguém discorda? A manipulação do alimento é feita com técnica, sua concepção trabalha formas e cores e tem por objetivo estimular os espectadores. Alcança estes de modo completo: visão, olfato, toque e paladar. Quem não suspira ao sentir o cheiro de bolo que assa no forno? Tantos aromas e lembranças... recordo de minha avó retirando a assadeira do forno. Graças dou por existir a Confeitaria: arte de fazer doces. Bom, sem mais introduções, essa postagem é para apresentar uma artista: a gastrônoma Isabella Bucci e uma de suas artes: cupcakes!!! Inexistem limites na criação dos sabores e das decorações. Tive a doce felicidade de degustar esse pedacinho do céu... massa de baunilha, recheio de brigadeiro bem cremoso e cobertura de chantilly! Vou colocar a foto do que eu provei... mas no blog da Bella tem mais, acessem: http://www.bellabuccidoces.blogspot.com/.




sábado, 24 de julho de 2010

Cômodo do refúgio...

O quarto é o nosso abrigo, local não só de descanso, mas de acolhimento e da prática de inúmeras atividades: estudar, ouvir música, reunir amigos, brincar e até eventuais lanchinhos... Como neste projeto de design de interiores executado no quarto de uma menina/moça de 12 anos que, apesar da pouca idade, bem decidida sobre as modificações em seu quarto. Este teve infiltração e então surgiu a necessidade de um novo layout.


O armário com porta de correr aproveita espaço e os espelhos ampliam o ambiente. A primeira gaveta do criado-mudo possui divisórias para as bijuterias. Painel em MDF branco da cabeceira vai de uma parede a outra, trazendo a versatilidade de modificar a localização da cama, além de proteger a parede. Adesivos e borboletas em acrílico espelhado decoram a parede. No lado oposto da cabeceira fica a bancada, esta possui gavetas embutidas sem puxadores, assim não ocorre o risco de enroscar e machucar-se. Pufes servem como assento extra e caixa organizadora, as tampas estofadas abrem para receber os objetos. Nicho para guardar pertences e painel de fotos feito com elásticos coloridos. Além, claro, de um canto de leitura com direito a luminária de chão, tapete redondo e poltrona (Está por vir a poltrona e será roxa!).

PIET MONDRIAN

Pieter Cornelis Mondrian (1872-1944), foi um pintor holandês modernista. Os primeiros trabalhos eram pinturas de calmas paisagens em tons suaves, posteriormente desenvolveu cada vez mais o abstrato, destacando-se por suas obras geométricas com cores primárias.
Mondrian inovou, de forma brilhante, ao representar o mundo através das linhas verticais e horizontais, que significavam as duas forças opostas: o positivo e o negativo, a dinâmica e a estática, o masculino e o feminino. O equilíbrio visual da cor e da forma foi concebido de forma intuitiva, nada estereotipada, não houve nenhuma tentativa de criar a ilusão de profundidade. Segundo o pintor: ''Eu não quero fotos, eu quero descobrir as coisas''. As pinturas da década de 1920 estavam no ápice desta pureza: ''Mondrian queria o infinito, e a forma é finita. A linha reta é infinitamente expansível e o espaço aberto entre duas retas paralelas é infinitamente extensível'', frase retirada do site Artchive.
Essa postagem foi uma breve pincelada sobre o artista, mas... se você quiser aprofundar sobre a biografia, obras, artigos sobre Piet Mondrian e artistas inspirados por sua arte, indico a Artsy’s Piet Mondrian page. Dessa forma, verá por que sua obra influenciou e influencia a arquitetura, arte e o design. 


Composition with Yellow, Blue and Red.
Óleo sobre tela, 1937.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sutil interferência.

Trabalho executado no antigo endereço da Academia Sinthesis Personal Fit (Atualmente situada na Rua Antônio Alves, 35-48). Em um cantinho esquecido nasceu uma pequena cantina! E para isso apenas aplicação de adesivo na divisória. Geometria inspirada no grande pintor Piet Mondrian, posteriormente dedicarei uma postagem ao mesmo. Confira a brincadeira!






domingo, 11 de julho de 2010

Pequenas modificações, grandes diferenças!

Nas fotos a seguir mostrarei uma consultoria feita em loja: Coifas Hidrolar. Os proprietários estavam cansados das cores e buscavam intervenções mínimas, sem reformas e seus transtornos. No interior sugeri nova pintura em tom bege para destacar as coifas e ampliar o ambiente, além, é claro, de proporcionar um local de trabalho mais sereno. O papel de parede deu o toque final, num lindo adamascado bege e os vasos antes cinzas, receberam a cor preta. Na fachada a opção foi por uma única cor, assim criou a sensação de aumento do pé-direito. Bom, vamos ao antes e depois!


sábado, 10 de julho de 2010

GERALDO DE BARROS: ''geometrizante''!

Geraldo de Barros (1923-1998) foi fotógrafo, pintor, gravador, artista gráfico e designer de móveis. Precursor da arte concreta e pioneiro da foto gráfica abstrata, evidenciou uma produção moderna, apartada de tradicionalismo. As formas de seus trabalhos possuíam uma razão geométrica de ser, não eram aleatórias, se encaixavam em uma estrutura. Os desenhos não representam, são idéias manifestas. Geraldo tinha uma sólida bagagem política e conceitual com relação à forma e o espaço, o que acarretava sentido a sua geometria unida à liberdade de criação que sempre buscou. Segundo o mesmo seria no erro e no acaso que residiam a criação fotográfica. A técnica e o aprendizado eram necessários apenas como meio para expressar o que pretendia. Afirmava que a sofisticação técnica direcionava ao empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, acreditava ser negatico tais situações para a arte. A fotografia, através de Geraldo de Barros, afastou-se de ser apenas uma representação e se transformou em arte. Ainda dentro dessa pluralidade de talentos, vale mencionar sua dedicação em outra área, trabalhou como designer de móveis, na criação do projeto Unilabor, fábrica de móveis com regras coletivistas de gestão e um dos marcos do design brasileiro. Abriu a loja de móveis Hobjeto, premiada inúmeras vezes pelo design de seu mobiliário de linhas retas e atemporais. Sua obra já foi elemento de exposições em diversos países, museus e galerias e compõe algumas das mais relevantes coletâneas internacionais de arte. Espero ter passado um pouco do que foi este homem espetacular. Apreciem alguns trabalhos...

Fotografia - Fotoformas (1946 - 1951)

Sem título - Serigrafia 22/23

Mobiliário

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ARTE GRÁFICA: M. C. ESCHER

Maurits Cornelis Escher (1898-1972), artista gráfico holandês célebre por suas perspectivas, explorações do infinito, estruturas impossíveis, repetições rítmicas e metamorfoses (Figuras geométricas que em determinado ponto de intersecção se transformam gradualmente em outras imagens totalmente distintas). Também reproduziu realidades observadas.

Day and night, xilogravura, 1938.

Drewdrop, 1948


Concave and convex, litografia, 1955.



Sun and moon, xilogravura, 1948.



Verbum, litografia, 1942.



High and low, litografia, 1947.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

A ARTE DO DESIGNER: TÉCNICA, VERSATILIDADE E PRÁTICA.

A extenção da arte além das molduras invade o ambiente incentivada pela mente do designer, e quando se permite, ele transforma o espaço numa manifestação tridimensional do seu âmago criativo. A atmosfera criada pela cor e sua tonalidade influencia as células diretamente e estas reagem e até interagem com a cor, dependendo da atmosfera obtida. Com muitos anos na estrada projetando ambientes todo abservador conclui com conhecimento de causa que os resultados obtidos são inegáveis. Versatilidade técnica é o suporte indispensável, depois apenas da criatividade na escala que define um designer de interiores. Os conhecimentos de marcenaria, pintura, acabamento, restauro, machetaria, carpintaria e outros que podem ser adquiridos com prática. Teoria e técnica são a outra metade.

O DESIGNER DE INTERIORES.

O design de interiores, confundido por vezes com decoração de interiores, é uma técnica cenográfica, visual e arquitetônica de composição e decoração de ambientes internos (cômodos, casas, residências, escritórios, palácios etc.).
A atividade do designer consiste na arte e prática de planejar e arranjar espaços, escolhendo e/ou combinando os diversos elementos de um ambiente, estabelecendo relações estéticas e funcionais que dependam do fim a que este se destina.
Quanto ao exercício dessa estimulante profissão, antes de tudo deve-se estar certo de que o dom é um dos pontos altos. O design de interiores é, com certeza, uma arte e requer sensibilidade, bom gosto, além de muito conhecimento sobre artes. É claro que as preferências do cliente devem ser respeitadas, porém, a experiência e seriedade do profissional falam mais alto.