sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Identidade

O lar é a continuidade de quem habita, extensão do homem, portanto, a casa é a exibição dos comportamentos dos moradores, revelados no modo como utilizam os cômodos ou ambientes integrados. Neles há a exposição da personalidade, idéias e verdades do indivíduo que refletem no preenchimento do local com memórias afetivas, como fotos, decorações, quadros e mobiliários herdados e, assim, cria-se a identidade no morar. O designer tem a complexa tarefa de resgatar ou manter a identificação, não projetar apenas um ambiente funcional e esteticamente agradável, mas proporcionar ao cliente a autenticidade, a sensação de que é sua casa e não um showroom de uma loja. O morar deve ser mais real, palpável. A decoração afetiva, a reutilização de materiais e o reaproveitamento dos recursos são caminhos para atingir a subjetividade do morador.
O meu exemplo de mobiliário afetivo são duas poltronas, um banco e uma mesa lateral que foram dos meu avós, ganharam como presente de casamento, o conjunto representa a união deles. Posteriormente doaram para minha mãe e hoje estão comigo. Como são em madeira e ficam na sala de estar, surgiu a necessidade de conforto, para isso solicitei a confecção de almofadas no formato do espaldar e assento. Dessa forma, além da lembrança afetiva, observa-se uma decoração ecologicamente correta, pois através da reutilização e adaptação, não consumi madeira e outros recursos escassos. Abaixo fotos sem e com as almofadas.

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